Para garantir o bem-estar dos jogadores durante o calor intenso, a Fifa anunciou que as partidas da Copa do Mundo de 2026 terão duas pausas obrigatórias para hidratação. A medida foi adotada após o Mundial de Clubes, que precisou paralisar jogos por alertas climáticos.
Segundo o relatório Pitches in Peril, 14 estádios que sediarão o torneio no ano que vem já ultrapassaram os limites de segurança para riscos climáticos.
“De estádios inundados no Texas e na Flórida ao calor insuportável na Cidade do México, os eventos climáticos extremos estão colocando o futuro do esporte em risco”, afirmou a Football For Future, que realizou o estudo em parceria com a Common Goal, Jupiter Intelligence e CO₂ Foundation.
As instituições também conduziram uma pesquisa com 3.600 torcedores dos Estados Unidos, Canadá e México, que sediarão a próxima Copa do Mundo. A maioria dos telespectadores acreditam que o torneio deve ser um “modelo global de sustentabilidade no esporte”.
Além disso, 86% defendem que os clubes devem se posicionar sobre o calor extremo durante as partidas e 92% apoiam que os jogadores usem a influência para falar sobre mudanças climáticas.
Veja as quatro ações propostas pelo Pitches in Peril para proteger o futebol das mudanças climáticas:
- “Órgãos dirigentes - Comprometer-se com emissões líquidas zero até 2040 e publicar planos de descarbonização confiáveis — igualando a ambição das principais instituições do futebol e alinhando-se às metas climáticas do IPCC.
- Organizadores de torneios - Investir na resiliência local por meio de fundos de adaptação e ações climáticas lideradas pela comunidade — garantindo que o legado dos grandes torneios proteja o futebol de base e o futuro do esporte.
- Jogadores profissionais - Sua voz importa. Como algumas das figuras mais influentes do futebol, façam parcerias para inspirar e mobilizar ações que protejam o esporte que vocês amam.
- Torcedores - Vocês têm poder. Criem um grupo de trabalho sobre sustentabilidade no clube para impulsionar ações climáticas desde a base."


