O ator Jon Cryer revelou que ganhava bem menos do que seu principal colega na série 'Two and a Half Men', Charlie Sheen. Em participação no novo e bombástico documentário sobre o astro, 'aka Charlie Sheen', o intérprete de Alan Harper relembrou os últimos momentos em que trabalharam juntos e chegou a comparar o antigo amigo a um ditador.
Curiosamente, a discrepância salarial aumentou em meio aos diversos problemas da vida pessoal de Sheen que atrasaram a produção e, no fim, levaram a sua saída do elenco depois da oitava temporada. Na época, ele chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação.
"Ele estava no meio de um colapso em todos os sentidos imagináveis, e estava renegociando seu contrato para mais um ano de um programa do qual eu também deveria participar", Cryer contou em seu depoimento para o documentário recém-lançado.
"O ditador da Coreia do Norte era um cara chamado Kim Jong-Il. Ele agia como louco o tempo todo e, assim, recebia enormes quantias de ajuda de países que tinham tanto medo dele que acabavam dando dinheiro. Bem, foi isso que aconteceu com ele. As negociações de Sheen saíram completamente do controle porque a vida dele estava desmoronando. Eu, cuja vida estava bem boa naquela época, recebia um terço do valor", o ator acrescentou.
Enquanto Sheen foi substituído por Ashton Kutcher, Cryer permaneceu no elenco até a última temporada, exibida originalmente entre 2014 e 2015.
A revelação sobre o salário bate com outras informações divulgadas anteriormente. Em 2011, a revista Forbes noticiou que Sheen ganhava US$ 1,9 milhão por episódio. Em 2013, a revista The Hollywood Reporter reportou que Cryer recebia cerca de US$ 620 mil por episódio.
Ainda em sua entrevista, o ator refletiu sobre a hesitação em participar do documentário. "Trabalhei com Charlie Sheen por oito anos. E se você se pergunta como é trabalhar com Charlie Sheen por oito anos: quando comecei, eu tinha cabelo", ele ironizou.
Cryer completou: "Eu estava um pouco apreensivo em participar disso ['aka Charlie Sheen'], em parte porque o ciclo da vida do Charlie sempre foi esse: ele faz uma grande besteira, chega ao fundo do poço, depois se recupera e volta a colocar coisas positivas na vida dele. Mas aí, ele mesmo acaba se queimando de novo. Ele simplesmente não consegue evitar colocar fogo na própria casa. E eu não queria fazer parte desse ciclo. Não estou aqui para exaltá-lo nem para destruí-lo. Mas espero muito que isso não acabe mal."
Em entrevista recente à revista People, Sheen confirmou que não fala com o ex-colega desde que foi demitido de 'Two and a Half Men'. "Ele estava no fogo cruzado com toda aquela porcaria acontecendo, e isso estava afetando ele, a família dele e a carreira dele e tudo mais. Não posso contestar nada do que ele disse [no documentário]", ele afirmou.