O mercado de feijão registrou início de quarta-feira marcado por baixa movimentação, mas sem perda de firmeza nos preços. Em diferentes regiões acompanhadas pelo Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), as referências do feijão-carioca continuam mostrando oscilações pontuais, enquanto Minas Gerais segue como um dos focos de maior seletividade por parte do produtor. Consultorias apontam que, no estado, o feijão-carioca nota 8 permanece em torno de R$ 215 por saca, e o 8,5 segue estável na casa dos R$ 230, com compradores cedendo quando buscam lotes de melhor qualidade.
Os dados também mostram variações distintas entre as principais praças. No feijão-carioca de notas 9 a 10, regiões como Itapeva e Leste Goiano registraram quedas diárias moderadas, enquanto Barreiras teve leve alta. Para as notas entre 8 e 8,5, houve avanços em áreas como Leste Goiano e recuos em outras, caso de Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. No feijão-preto, as referências apresentaram ajustes discretos entre Curitiba, Metade Sul do Paraná e São Paulo.
Em São Paulo, o avanço da colheita nas áreas mais adiantadas ganhou ritmo na terça-feira, o que deve ampliar a oferta de feijão novo nos próximos dias. Ainda assim, não há sinal claro de pressão baixista imediata, segundo análises do setor. A postura do produtor continua restritiva, especialmente em Minas, enquanto empacotadores que precisam compor escala testam até onde os preços encontram resistência. Com a virada do mês se aproximando, o tempo reduzido para compras acrescenta tensão ao mercado.

