Cuiabá, 21 de Novembro de 2025

AGRONEGÓCIO Sexta-feira, 21 de Novembro de 2025, 09:25 - A | A

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2025, 09h:25 - A | A

papel importante

Mamona impulsiona práticas regenerativas no Cerrado

Agrolink

A expansão de práticas agrícolas voltadas à recuperação ambiental tem encontrado na mamona uma aliada. Pesquisas da Embrapa destacam que a espécie Ricinus communis L. se adapta bem a solos de baixa fertilidade e climas secos, mostrando potencial para crescer em áreas degradadas com pouca necessidade hídrica e nutricional.

Ao longo do Cerrado, a cultura tem sido incorporada em estratégias de agricultura regenerativa. Técnicos da ORÍGEO explicam que o sistema radicular profundo favorece a aeração do solo, melhora a infiltração de água e contribui para a devolução de nutrientes, ampliando as condições de recuperação de áreas comprometidas. Segundo a consultoria, esse desempenho ainda se soma à rusticidade da planta, vista como vantagem para produtores que buscam alternativas viáveis em ambientes desafiadores.

“A mamona tem papel importante na agricultura regenerativa. As raízes são profundas e ajudam a soltar o solo, facilitam a entrada de água e ainda devolvem nutrientes para a terra”, explica Igor Borges, head de sustentabilidade da ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL, especializada em soluções sustentáveis e gestão integrada para o MATOPIBA, Pará, Rondônia e Mato Grosso. “É uma cultura muito resistente, que ajuda a recuperar áreas degradadas e ainda traz retorno econômico para o agricultor.”

O uso industrial reforça o avanço da oleaginosa. O óleo extraído das sementes abastece cadeias de cosméticos, tintas, plásticos biodegradáveis e medicamentos, enquanto o grão pode ser direcionado para biodiesel. O farelo remanescente após a extração também encontra aplicação como fertilizante natural, apoiando a recomposição do solo.

“A mamona ajuda o solo a se recuperar, como se fosse um alimento para a terra, e ainda rende óleo, que pode virar combustível, cosméticos e até produtos do dia a dia, unindo cuidado com a natureza e rentabilidade para os agricultores”, ressalta o especialista da ORÍGEO. “É uma opção para quem busca sustentabilidade sem abrir mão da produtividade.”

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