O trigo negociado na Bolsa de Chicago voltou a cair nesta quinta-feira, segundo dados da TF Agroeconômica. Os contratos registraram novas baixas em meio ao aumento da oferta interna nos Estados Unidos e ao avanço da produção mundial. O dezembro do trigo brando SRW encerrou em queda de 1,82%, ou 9,75 cents, a 527,00 por bushel. Março caiu 1,59%, para 540,75. No Kansas, o trigo duro HRW para dezembro recuou 1,75%, fechando a 506,50. Em Minneapolis, o HRS para dezembro caiu 1,46%, encerrando a 572,75. Na Europa, o trigo para moagem da Euronext recuou 0,53%, cotado a 189,25 euros por tonelada.
O movimento baixista refletiu a forte oferta sazonal e as revisões positivas das principais safras globais. O Conselho Internacional de Grãos projetou aumento de 3 milhões de toneladas na produção mundial, impulsionado por melhores perspectivas para Argentina e Cazaquistão. A consultoria russa SovEcon também revisou para cima a colheita do país, reforçando o cenário de ampla disponibilidade no mercado internacional.
No lado da demanda, rumores sobre compras chinesas se confirmaram com números modestos. O USDA reportou apenas 132 mil toneladas negociadas, volume considerado insuficiente para sustentar os preços diante do excesso de oferta. Com a divulgação dos dados semanais de vendas ainda atrasada, os exportadores americanos estimam compromissos totais de 14,8 milhões de toneladas no atual ano comercial até o início de outubro, nível que permanece abaixo da média histórica para o período. O mercado segue atento ao ritmo das exportações, à competitividade do trigo russo e às próximas revisões de oferta, fatores que continuam limitando qualquer tentativa de recuperação das cotações no curto prazo.
