Cuiabá, 24 de Novembro de 2025

AGRONEGÓCIO Segunda-feira, 24 de Novembro de 2025, 08:47 - A | A

Segunda-feira, 24 de Novembro de 2025, 08h:47 - A | A

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A alta do milho pode ser ilusória, diz consultoria

Agrolink

O mercado de milho segue em trajetória de alta, mas a TF Agroeconômica alerta que a valorização gráfica pode ser ilusória se o produtor não comparar os preços oferecidos com seu próprio custo de produção. Conforme a consultoria, quem utiliza apenas o custo variável trabalha com R$ 39,96 por saca e obtém lucro próximo de 32,63%. Já aqueles que adotam o custo total calculado pelo Deral do Paraná, de R$ 73,55 por saca, enxergam prejuízo de cerca de 27,94%. Segundo a TF, cada produtor deve considerar o critério que melhor representa a sua realidade.

A tendência apontada pela consultoria é de continuidade da alta por mais um mês, até dezembro, quando se inicia a colheita da primeira safra no Brasil. Tradicionalmente destinada ao consumo interno, essa produção tende a limitar o fôlego das cotações. Por isso, a recomendação é vender os lotes restantes nos próximos 20 dias, antes que o mercado inicie seu movimento de retorno.

Entre os fatores de sustentação, destaca-se o forte ritmo das vendas externas dos Estados Unidos: na semana encerrada em 2 de outubro, foram 2,26 milhões de toneladas, acumulando 37,6% da meta do USDA. Também contribui a queda das exportações ucranianas, ainda muito abaixo do volume do ano passado, além da demanda firme no Brasil por parte das indústrias de carnes, de etanol e do mercado externo, o que garantiu alta de 2,30% no mercado físico neste mês.

Do lado baixista, o milho sente a pressão da queda do petróleo, da valorização do dólar e de vendas técnicas, além da estimativa do IGC que prevê a maior produção global de grãos em três anos. A proximidade do feriado de Ação de Graças também costuma gerar fraqueza sazonal. A TF Agroeconômica recomenda atenção aos sinais de suporte entre 428 e 436 centavos por bushel no contrato de março.
 

 
 

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