Cuiabá, 11 de Setembro de 2025

INTERNACIONAL Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025, 09:41 - A | A

Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025, 09h:41 - A | A

veja como funciona

Força Aérea dos EUA desenvolve nova bomba destruidora de bunkers

R7

Força Aérea dos Estados Unidos deu início ao desenvolvimento de uma nova geração de bombas capazes de destruir bunkers e alvos profundamente enterrados. O projeto surge como sucessor da GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP), utilizada pela primeira vez em junho deste ano contra instalações nucleares iranianas durante a chamada Operação Midnight Hammer.

A nova arma, batizada de Next Generation Penetrator (NGP), terá como objetivo superar as capacidades da atual bomba de 13,6 toneladas, considerada a maior do arsenal não nuclear dos EUA. A Applied Research Associates, sediada no Novo México, foi a empresa que recebeu o contrato de dois anos para construir e testar os protótipos.

Segundo eles, os testes vão incluir munições em escala reduzida e em tamanho real, com foco em alvos “profundamente enterrados” que representam “graves desafios à segurança nacional americana”. O valor do contrato não foi divulgado.

Menor e resistente a bloqueios de GPS

Embora os detalhes ainda sejam limitados, documentos da própria Força Aérea indicam que a NGP não deverá ultrapassar 10 toneladas e terá efeitos combinados de explosão e fragmentação. Além disso, deve contar com um sistema de navegação capaz de operar mesmo em ambientes sem sinal de GPS, cenário cada vez mais provável em futuros conflitos.

A Boeing, responsável pela fabricação da GBU-57, será encarregada de desenvolver o kit de cauda da nova bomba, peça essencial para garantir estabilidade e precisão no lançamento.

Missão secreta contra o Irã

Em junho, sete bombardeiros furtivos B-2 Spirit lançaram 14 bombas GBU-57 contra instalações nucleares subterrâneas iranianas. Foi a primeira vez que o artefato foi usado em operações reais, em uma missão descrita pelo Pentágono como “altamente sigilosa e complexa”.

Desenvolvida há cerca de 15 anos, a GBU-57 tem 6,2 metros de comprimento, quase 80 cm de diâmetro e uma ogiva de 2,7 toneladas, capaz de penetrar até 60 metros em estruturas reforçadas. O projeto nasceu justamente para atingir locais de difícil acesso, como o complexo nuclear de Fordow, no Irã.

Atualmente, apenas o B-2 Spirit consegue transportar duas bombas desse porte internamente sem comprometer sua furtividade. Já o novo bombardeiro B-21 Raider, em fase de desenvolvimento, deverá carregar apenas uma unidade da futura NGP.

Comente esta notícia