Cuiabá, 29 de Outubro de 2025

ECONOMIA Quarta-feira, 29 de Outubro de 2025, 07:25 - A | A

Quarta-feira, 29 de Outubro de 2025, 07h:25 - A | A

EM MATO GROSSO

Vendas do varejo ampliado crescem 4,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2025

O setor de serviços também apresenta bons números no estado, com crescimento de 3,4% no acumulado do ano

Da Redação

Conforme informações levantadas pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (FCDL/MT) junto ao IBGE, mostram que o volume de vendas do comércio segue crescendo em Mato Grosso. De janeiro a agosto de 2025, o avanço foi de 3,3% no comércio varejista, que desconsidera as vendas de segmentos mais específicos do comércio, como o de veículos e materiais para construção. Já no varejo ampliado, o avanço foi de 4,5%.

O setor de serviços também apresenta bons números no estado, com crescimento de 3,4% no acumulado do ano. No campo, os dados colhidos até o momento permitem projetar um crescimento expressivo para o faturamento do setor agropecuário. A projeção apresentada em setembro de 2025 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária indica um crescimento de 20% — maior do que o projetado no início do ano. Mesmo com o resultado negativo da produção industrial local, o conjunto dos setores aponta para uma retomada do PIB de Mato Grosso em 2025.

Por fim, dados do setor externo mostram que as exportações de Mato Grosso cresceram no acumulado de janeiro a setembro de 2025, mesmo com o recuo das exportações destinadas aos Estados Unidos.

De acordo com o presidente da FCDL/MT, David Pintor, no próximo mês, serão divulgados dados referentes ao 3º trimestre do ano.

“Olhando adiante, o último bimestre do ano concentra datas comemorativas que tradicionalmente movimentam o comércio e podem ser decisivas para o desempenho do setor em 2025”, disse o presidente.

 Em agosto de 2025, vendas do comércio de Mato Grosso crescem 4,5%, mostra IBGE

Em agosto de 2025, as vendas do varejo ampliado recuaram 1,6% em Mato Grosso, na comparação com o mês imediatamente anterior. Os dados são do IBGE. Esse agrupamento do comércio reúne todas as atividades comerciais. Mesmo com o recuo mensal, o crescimento se manteve no acumulado do ano, isto é, de janeiro a agosto de 2025.

Nessa base de comparação, as vendas do varejo ampliado cresceram 4,5%. Já as vendas do comércio varejista – agrupamento que desconsidera atividades comerciais mais específicas, como a de veículos e materiais para construção –recuaram 0,6% a comparação mensal e mantiveram o crescimento no acumulado do ano (3,3%). Os dados de agosto confirmam, em suma, atendência de retomada das vendas locais, que crescem acima da média nacional.

 Setor de serviços cresce 3,4% no acumulado do ano e projeções para o agro de Mato Grosso melhoram

 Em Mato Grosso, a produção industrial cresceu 1,4% na comparação entre agosto de 2025 e o mês imediatamente anterior. Mesmo com esse resultado mensal, no acumulado do ano, que compara os o período de janeiro a agosto de 2025 com o mesmo período do ano anterior, o setor acumula queda 6,2%, ante um avanço de 0,9% no país. Já o setor de serviços registrou queda de 0,5% na comparação mensal e avanço de 3,4% no acumulado do ano. Esse dado é importante porque o setor de serviços representa a maior fatia do PIB local. Por fim, o completando o quadro da atividade econômica local, os dados do Ministério da Agricultura e Pecuária mostram uma projeção de crescimento de 20,5% para o faturamento do campo em Mato Grosso. Observa-se ainda que esse crescimento foi revisado para cima ao longo dos últimos meses. Em janeiro, as projeções indicavam avanço de 13,0% para o faturamento do agro local.

 Exportações de Mato Grosso chegam 22,5 bilhões no acumulado de janeiro a setembro

 Dados do Ministério do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços (MDIC) mostram que, de janeiro a setembro de 2025, as exportações de Mato Grosso tiveram um ligeiro aumento na comparação com o mesmo período de 2024, passando de US$ 22,3 bilhões para US$ 22,5 bilhões. Já as importações ficaram praticamente estagnadas em US$ 1,9 bilhões. Os principais destinos das exportações do estado foram a China, que absorveu 44,1% do total exportado no acumulado do ano. Em seguida, aparecem Espanha (4,5%) e Turquia (4,0%) com percentuais bem menores. Considerando apenas o mês de setembro, os dados mostram que as exportações para os Estados Unidos recuaram de 36,3 milhões para 6,9 milhões entre setembro de 2025 e o mesmo mês do ano anterior. Em 2024, os EUA absorveram 1,5% do total exportado por Mato Grosso. Neste ano, a participação desse país deverá cair em razão das tarifas vigentes.

 Inflação oficial medida no Centro-Oeste acumula alta de 4,5%

De acordo com o IBGE, a inflação oficial (IPCA) medida na região Centro-Oeste chegou a 4,5% no acumulado dos 12 meses encerrados em setembro de 2025. Com relação à inflação observada nos dois meses anteriores, nota-se uma leve desaceleração do ritmo de crescimento dos preços na região. Nos dados nacionais, os itens de “Despesas pessoais” registraram alta de 7,1%.

Essa foi a maior variação entre as diferentes categorias de bens e serviços avaliadas pelo IBGE. Os itens de Alimentação e bebidas, que em medições anteriores registraram a maior variação, acumularam alta de 6,6% em setembro, apresentando a segunda maior alta. Por fim, os dados do IGP-M nacional seguem exibindo desaceleração. Esse índice de inflação, que considera preços aos consumidores finais e aos produtores, acumula alta de 2,82% no acumulado dos 12 meses encerrados em setembro, de acordo com a FGV.

 Em Mato Grosso, crédito às famílias cresce 10%

Em Mato Grosso, o saldo de crédito destinado a Pessoas Físicas chegou a R$ 169 bilhões em agosto de 2025, de acordo com dados do IBGE. Esse saldo representa a soma dos valores em aberto, vencidos ou a vencer, das operações de empréstimos e financiamentos feitos por meio do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Já o saldo destinado a Pessoas Jurídicas chegou a R$ 74,5 bilhões no estado. Analisando a evolução do crédito, constata-se que, em Mato Grosso, o saldo de crédito cresceu 10%, a um ritmo ligeiramente menor do que o verificado na média nacional (11%). Já o crédito destinado a empresas registrou um crescimento menor, de 2,9%, abaixo do verificado na média nacional (8,7%). Os dados do Banco Central também apresentam a taxa de inadimplência bancária, isto é, a proporção do saldo de crédito com atraso superior a 90 dias. Entre as Pessoas Físicas, essa taxa foi estimada em 5,6% no estado, ante 4,8% da média nacional. Entre as empresas, essa taxa foi de 4,6%, também acima da média nacional (2,6%).

 

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