Cuiabá, 05 de Junho de 2025

BRASIL Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 14:20 - A | A

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Lula diz que Eduardo Bolsonaro nos EUA faz ‘prática terrorista’: ‘Foi lamber as botas do Trump’

R7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu nesta terça-feira (3) às articulações internacionais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Sem citar diretamente o parlamentar, Lula disse que a conduta é “grave”, “antipatriótica” e “uma prática terrorista”.

“É lamentável que um deputado brasileiro esteja nos Estados Unidos convocando o governo americano para se meter na política interna do Brasil. Isso é grave. É uma prática antipatriótica. É uma prática terrorista”, declarou o presidente.

Eduardo Bolsonaro tem se encontrado com aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e defendido retaliações ao ministro Alexandre de Moraes, pedindo apoio a uma potência estrangeira contra decisões do Judiciário nacional.

O presidente disse ainda que Eduardo Bolsonaro teria se licenciado do cargo para “lamber as botas” de Trump. “Um cidadão que é deputado renuncia ao seu mandato, pede licença para ir ficar tentando lamber as botas do Trump. Isso é inaceitável. O Brasil tem que se dar ao respeito.”

Lula reiterou que o governo federal está alinhado na defesa do ministro e das instituições democráticas, e que não aceitará interferências externas no funcionamento do sistema de Justiça brasileiro.

Inquérito

PF (Polícia Federal) apura a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O inquérito foi instaurado a partir de solicitação da PGR (Procuradoria-Geral da República), que atendeu representação encaminhada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ).

Entre os pedidos, consta a prisão preventiva de Eduardo e investigação por suposto atentado à soberania, tentativa de abolir o Estado democrático de direito por meios violentos e coação em processos em andamento.

Em entrevista exclusiva à RECORD, o deputado licenciado declarou que seguirá nos Estados Unidos mobilizando congressistas e autoridades americanas para aplicar sanções a Moraes, acusando-o de liderar o que classificou como “regime de exceção”.

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