Cuiabá, 12 de Setembro de 2025

BRASIL Quinta-feira, 11 de Setembro de 2025, 14:12 - A | A

Quinta-feira, 11 de Setembro de 2025, 14h:12 - A | A

Trama golpista

Cármen Lúcia descreve julgamento como encontro do Brasil com passado, presente e futuro

G1

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STFretomou nesta quinta-feira (11) o julgamento da chamada trama golpista com o voto da ministra Cármen Lúcia.

A ministra começou sua fala destacando a importância das ações penais e da responsabilidade de quem julga as ações.

"Esse é um processo, como há outros, que temos a responsabilidade constitucional de julgar. Processos que despertam maior ou menor interesse da sociedade, o que não é também nada de novo, seja uma cidade pequena, seja para todo o país", afirmou.

"Toda ação penal, especialmente a ação penal, impõe um julgamento justo e aqui não é diferente. O que há de inédito talvez nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro, na área especificamente das políticas públicas dos órgãos de Estado", prosseguiu.

 

A ministra ainda citou as rupturas institucionais que impediram o desenvolvimento do país e o nascimento de novas lideranças.

O voto da ministra é o quarto no julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022.

A sessão foi retomada por volta das 14h22.

Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Casa Civil Braga Netto pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto da ministra poderá ser decisivo para o placar em relação a outros réus.

Dois ministros já votaram pela condenação de todos os réus aos crimes: Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino.

Ainda não foram definidas as penas, mas Moraes sugeriu somar as punições. Dino defendeu penas diferentes, conforme o grau de envolvimento de cada réu.

Cármen Lúcia ainda ressaltou a importância de tratar do processo no ano de comemoração dos 40 anos da redemocratização. A ministra também lembrou o aniversário da Constituição, no próximo dia 5 de outubro.

O ministro Luiz Fux divergiu parcialmente, propondo a absolvição parcial ou total para os réus. No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, concluiu que não há provas para a condenação.

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