A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a segunda-feira (13) com leves ganhos, em um pregão marcado por baixa liquidez devido ao feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos. Segundo a TF Agroeconômica, o movimento de alta foi impulsionado por sinais de moderação nas tensões comerciais entre Washington e Pequim, após declarações do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que reacenderam esperanças de um possível acordo.
O contrato da soja para novembro fechou com alta de 0,10%, a US$ 1.007,75 por bushel, enquanto o vencimento de janeiro subiu 0,20%, para US$ 1.025,25. Já o farelo de soja recuou 0,34%, cotado a US$ 266,50 por tonelada curta, e o óleo de soja subiu 1,30%, a US$ 50,04 por libra-peso. Apesar do avanço modesto, o movimento representou uma recuperação parcial após as fortes quedas registradas na sexta-feira, quando o mercado reagiu à ameaça do ex-presidente Donald Trump de aplicar uma tarifa de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro.
A medida, somada à entrada em vigor das novas tarifas portuárias mútuas entre EUA e China nesta terça-feira (14), manteve o clima de incerteza sobre o comércio global de commodities agrícolas. No entanto, as declarações de Bessent de que a reunião entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, prevista para ocorrer na Coreia do Sul no fim do mês, continua mantida, ajudaram a aliviar parte da pressão negativa e a sustentar as cotações.
Para analistas, qualquer sinal de diálogo entre as duas potências tende a impactar diretamente o mercado da soja, uma vez que a China é o maior importador mundial da oleaginosa. Ainda assim, o ambiente permanece volátil, com investidores atentos a novos desdobramentos da disputa comercial e às condições climáticas nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos.