A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a semana em queda, influenciada pelo agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Segundo análise da TF Agroeconômica, declarações do presidente Donald Trump sobre um possível aumento de tarifas a produtos chineses intensificaram o clima de incerteza e derrubaram as cotações das commodities agrícolas, especialmente a soja.
O contrato de soja para novembro recuou 1,52%, ou US$ 15,50 cents/bushel, fechando a US$ 1.006,75. Já o vencimento de janeiro caiu 1,47%, para US$ 1.023,25. No mercado de derivados, o farelo de soja para outubro encerrou em baixa de 0,85%, cotado a US$ 267,40 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja teve queda de 1,95%, sendo negociado a US$ 49,40 por libra-peso.
A tensão aumentou após a China alterar regras para exportação de terras raras e aplicar tarifas adicionais a navios vindos dos EUA, em resposta às restrições impostas por Washington. Trump reagiu dizendo considerar “um aumento massivo de tarifas sobre produtos chineses” e afirmou não ver mais motivos para manter o encontro previsto com o governo chinês.
Esses movimentos afetaram diretamente os produtores americanos, que aguardavam uma retomada das exportações de soja para a China. No acumulado da semana, o grão registrou queda de 1,11% (ou US$ 11,25 cents/bushel), o farelo caiu 1,2% e o óleo, 0,06%. Os contratos futuros de soja com vencimento em novembro de 2025 continuam abaixo do ponto de equilíbrio, ampliando as preocupações com a rentabilidade no campo e reforçando o impacto das incertezas geopolíticas sobre o agronegócio.
