Cuiabá, 28 de Novembro de 2025

AGRONEGÓCIO Sexta-feira, 28 de Novembro de 2025, 08:49 - A | A

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Mapas climáticos reforçam combate à ferrugem

Agrolink

A ferrugem asiática segue como uma das principais ameaças à produção de soja no Sul do Brasil, exigindo manejo rigoroso devido ao alto potencial de perdas. Segundo Emerson Del Ponte, professor da Universidade Federal de Viçosa, o inóculo da doença está sempre presente no ambiente, o que explica relatos já no início da safra. A severidade, no entanto, depende diretamente das condições meteorológicas de cada ciclo, especialmente da combinação entre alta umidade e temperatura favorável. A fonte das informações é Emerson Del Ponte.

A partir desta semana, serão divulgados mapas de risco climático atualizados a cada três dias, criados para apoiar o monitoramento e orientar decisões em conjunto com os relatos do Consórcio Antiferrugem. Esses mapas trazem uma leitura regionalizada do risco de infecção, especialmente útil em anos de maior irregularidade climática.

A partir da safra 2025/26, o Laboratório de Epidemiologia da UFV, em parceria com a Rede Fitossanidade Tropical, ampliará o trabalho e passará a gerar mapas específicos para as áreas do Centro Sul, que incluem Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, regiões onde a ferrugem ocorre com maior frequência. Os mapas são produzidos com base em um modelo climático que utiliza interação entre umidade relativa e temperatura para calcular a favorabilidade diária à infecção, metodologia desenvolvida por Reis e colaboradores em 2004.

Os dados meteorológicos são fornecidos pela plataforma NASA POWER e acumulados em janelas de sete dias. As classes de risco permitem intensificar o monitoramento nas áreas mais vulneráveis. A recomendação é que os produtores consultem também o site do Consórcio Antiferrugem para verificar a presença de esporos ou focos ativos na região.

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