A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na quarta-feira (10.12), a operação Boleto Falso, para cumprimento de três mandados de busca e apreensão no estado de Goiás com foco na desarticulação de uma organização criminosa que aplicava golpes utilizando falsos boletos.
As ordens judiciais, expedidas pela Justiça com base em investigações da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, foram cumpridas na cidade de Luziânia, Goiás.
A investigação iniciou após uma vítima procurar a Polícia Civil relatando um golpe, em que efetuou o pagamento de um boleto bancário no valor de R$ 23.040,00, porém alguns dias depois, tomou conhecimento que o valor não foi pago ao verdadeiro destinatário, mas para a conta de golpistas, localizados em Luziânia (GO).
Ainda segundo informações, o boleto encaminhado, apresentava o nome correto, mas o CNPJ de terceiro, indicando a modalidade criminosa conhecida como “golpe do boleto falso”, tendo posteriormente ocorrido novas tentativas de golpe, com o envio de outros boletos falsos.
Durante as investigações, foi possível identificar todos os envolvidos na pulverização dos valores, o que demonstra que não apenas o crime de estelionato, mas também o de lavagem de capitais e organização criminosa foram praticados.
Por meio da análise de relatórios, foi possível constatar que o destinatário final dos valores movimentou, em apenas dois meses, uma quantia superior a R$ 327 mil, valor não condizente com sua capacidade financeira, por meio de mais de 50 transferências bancárias.
Diante das evidências, o delegado Bruno Palmiro representou pelas ordens judiciais que foram deferidas pela Justiça e cumpridas pelas equipes das Polícias Civis de Mato Grosso e Goiás, em ação realizada pelos policiais da Delegacia de Estelionato de Cuiabá e da Delegacia de Luziânia (GO).
Após as buscas, os suspeitos foram ouvidos e confirmaram a atuação criminosa e revelaram a participação de outros integrantes do grupo criminoso envolvidos no golpe. As investigações seguem em andamento em inquérito policial da Delegacia Estelionato de Cuiabá.
“A população deve ter bastante atenção no momento do pagamento de boletos, principalmente para aquelas empresas que negociam vultosos valores em diversas transações diárias, devendo checar não apenas o nome do beneficiário, mas também a procedência do CNPJ/CPF informados no boleto”, orientou o delegado.


