Cuiabá, 02 de Junho de 2025

INTERNACIONAL Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 14:31 - A | A

Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 14h:31 - A | A

Expulsão em massa

Suprema Corte dos EUA dá sinal verde para Trump deportar 500 mil

Decisão abre caminho para deportação em massa. Corte reverteu veto a medida de Trump e autorizou fim de política migratória criada por Biden que beneficiava venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses

G1

A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou nesta sexta-feira (30) que o governo do presidente Donald Trump retire o status legal temporário de mais de 500 mil imigrantes —o que abre caminho para a deportação em massa.

A decisão revoga um programa criado em 2022 pelo então presidente Joe Biden que concedia autorização prévia de entrada legal nos EUA, com validade inicial de dois anos, desde que o imigrante tivesse um patrocinador americano responsável pelo apoio financeiro durante a estadia.

Em março, o republicano Trump já havia tentado revogar o benefício concedido a 532 mil venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses que viviam nos EUA. Mas, no mês seguinte, a medida foi suspensa pela Justiça de Boston.

Nesta sexta, os juízes não justificaram a decisão que derrubou a suspensão. Duas das magistradas foram contra a medida; o placar do julgamento não foi revelado. A Suprema Corte americana tem nove juízes.

A liberdade condicional de imigração é uma forma de permissão temporária, segundo a lei americana, para permanecer no país por "motivos humanitários urgentes ou benefício público significativo", permitindo que os beneficiários vivam e trabalhem nos Estados Unidos.

Argumentos do governo e dos imigrantes
No processo enviado à Suprema Corte, o Departamento de Justiça disse que a suspensão do programa havia derrubado "políticas imigratórias críticas que são cuidadosamente calibradas para impedir a entrada ilegal", efetivamente "desfazendo políticas democraticamente aprovadas que tiveram grande destaque na eleição de novembro" que levou Trump de volta à Presidência.

Já os imigrantes afetados pela medida que entraram na Justiça contra ela afirmaram à Suprema Corte que enfrentariam graves danos se sua liberdade condicional fosse interrompida, já que o governo suspendeu indefinidamente o processamento de seus pedidos pendentes de asilo e outros auxílios à imigração.

Eles ainda disseram que seriam separados de suas famílias e imediatamente sujeitos à deportação acelerada "para os mesmos países despóticos e instáveis ​​de onde fugiram, onde muitos enfrentarão sérios riscos de perigo, perseguição e até mesmo a morte".

 

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