Cuiabá, 28 de Agosto de 2025

INTERNACIONAL Quinta-feira, 28 de Agosto de 2025, 09:05 - A | A

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argentina

Avaliação negativa do governo Milei vai a 57% com escândalo envolvendo a irmã

Além disso, houve forte queda na imagem de Javiei Milei, a ponto do presidente cair para terceiro lugar entre os líderes políticos mais bem avaliados do país, atrás de Axel Kicillof e Cristina Kirchner

CBN

Duas pesquisas divulgadas na Argentina indicam uma piora na avaliação do governo Milei após os supostos escândalos de corrupção envolvendo sua irmã, Karina. Os levantamentos mostram uma queda de oito pontos de avaliação positiva nas últimas seis semanas.

Além disso, houve forte queda na imagem de Javiei Milei, a ponto do presidente cair para terceiro lugar entre os líderes políticos mais bem avaliados do país, atrás de Axel Kicillof e Cristina Kirchner (ele liderou todas as pesquisas).

Os levantamentos do La Sastrería e Trespuntozero mostram que a avaliação negativa cresceu de 50,8% para 57% nas últimas três semanas. Já a positiva passou de 48% para 39,9%.

 A última pesquisa, divulgada nesta quinta (28), mostra a percepção sobre o caso de corrupção envolvendo sua irmã, que é secretária-geral da presidência, e os supostos subornos na Agência de Deficiência. O escândalo teve um impacto profundo na opinião pública: 62,5% acreditam que 'essas gravações de áudio refletem atos graves de corrupção no governo', enquanto apenas 32,8% acreditam que se tratou de uma 'fraude', como o partido de Milei alega.

Ela foi denunciada por Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), dizendo que estaria cobrando propina para indústrias farmacêuticas para compra de medicamentos junto com o subsecretário de gestão institucional do governo, Eduardo "Lule" Menem.

'Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApp de Karina', comentou na mensagem que foi divulgada pela imprensa do país.

A rede de cobrança era até de 8% sobre o faturamento, o que renderia cerca de US$ 800 mil (cerca de R$ 4,3 milhões). Karina receberia a maior fatia do valor, algo em torno de 3% e 4%.

Milei recentemente enfrentou uma série de reveses no parlamento argentino, incluindo a tentativa dos legisladores de anular um veto presidencial que se opunha a um aumento no apoio financeiro para pessoas com deficiência.

 O escândalo também acontece próximo das eleições de meio de mandato em outubro, que são encaradas pelo governo Milei como um referendo sobre a agenda de austeridade e as reformas de mercado feitas pelo presidente.

 

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