Cuiabá, 20 de Dezembro de 2025

INTERNACIONAL Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2025, 07:57 - A | A

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8 aviões de guerra dos EUA voam perto da Venezuela

Os aviões foram vistos perto de Los Roques e La Orchila, uma ilha que possui uma base militar venezuelana e que muitos consideram o refúgio de Nicolás Maduro

CBN

Ao menos oito aeronaves militares voltadas para a guerra dos Estados Unidos sobrevoaram nessa quinta-feira (18) o mar do Caribe, bem próximas da costa da Venezuela e especificamente da capital, Caracas. As informações foram detectadas pelo site de rastreamento de voos Flightradar24.

Elas foram: duas aeronaves EA-18G Growler (Grizly 11 e Grizly 12); três F/A-18E Super Hornet (Rhino 21, as outras duas não foram identificadas); dois Grumman E-2D Advanced Hawkeye (Tracr 11 e Tracr 31); e um Boeing E-3C Sentry. Todas decolaram de postos americanos na região, menos a última, que partiu diretamente dos EUA.

 Os aviões são utilizados com objetivos militares. O Boeing E-3C Sentry, por exemplo, serve para vigilância, detecção de alvos e capacidades de rastreamento. Ele é considerado um avião de alerta aéreo antecipado de controles.

Seu principal objetivo é compreender a situação das atividades amigas, neutras e hostis, além de alerta antecipado de ações inimigas durante operações conjuntas, aliadas e de coalizão.

'A aeronave fornece ao Centro de Operações Aéreas Conjuntas uma imagem precisa e em tempo real do campo de batalha', explica a Força Aérea dos EUA.

O Grumman E-2D Advanced Hawkeye é uma aeronave de alerta aéreo antecipado baseada em porta-aviões, capaz de operar em todas as condições meteorológicas. Ele rastreia mais de três mil alvos ao mesmo tempo.

Já o F/A-18E Super Hornet, de acordo com o Pentágono, é uma aeronave 'multimissão' que serve para realizar operações no ar ou diretamente no solo, especialmente para ataques, visto que possui armamento de precisão. Ele é o principal caça da Marinha dos EUA e também realiza missões de patrulha, apoio aéreo aproximado e escolta.

Por fim, o EA-18G Growler é uma versão do Super Hornet adaptada para guerra eletrônica, utilizada para interferir nas comunicações.

Os aviões foram vistos perto de Los Roques e La Orchila, uma ilha que possui uma base militar venezuelana e que muitos consideram o refúgio de Nicolás Maduro.

Venezuela envia petroleiros à China sob escolta militar e amplia tensão com os EUA

A Venezuela autorizou, nesta quinta-feira (18), a viagem de dois petroleiros de grande porte para a China, de acordo com fontes escutadas pela agência de notícias Reuters. Eles vão ser o segundo e o terceiro navios desse porte a deixar o país depois da apreensão de um veículo carregando petróleo venezuelano na última semana.

A notícia sai um dia depois de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenar a escolta militar de todos os petroleiros do país. A ordem é uma resposta à determinação do presidente norte-americano, Donald Trump, que anunciou um bloqueio total de petroleiros sancionados na terça-feira (16).

Existe uma preocupação de que a ordem de Maduro acirre ainda mais as tensões militares entre os dois países, já que a maior circulação de navios de guerra aumenta o risco de um eventual embate com a marinha americana. Algumas embarcações que já tinham como destino a Ásia e não eram alvo de sanções internacionais já receberam escolta nesta quinta.

A China se opôs ao bloqueio dos petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela. Pequim categorizou a ação como uma intimidação unilateral, mas não detalhou como ajudaria o país sul-americano ou se ofereceria algum tipo de refúgio a Nicolás Maduro.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, conversou por telefone com o chanceler venezuelano Yvan Gil na quarta-feira (17). Nenhuma menção aos Estados Unidos ou à Trump foi feita no comunicado oficial da ligação.

Há anos, a China concede linhas de crédito à Venezuela por meio de acordos de empréstimos em troca de petróleo. O país é o maior comprador de petróleo venezuelano, que representa cerca de 4% das importações.

Os embarques em dezembro estão a caminho de atingir uma média de mais de 600 mil barris por dia, segundo analistas. Os dois navios que devem partir para a China não estão na lista de sanções e devem carregar pouco menos de quatro milhões de barris de petróleo bruto.

 

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