Cuiabá, 13 de Julho de 2025

ECONOMIA Sábado, 12 de Julho de 2025, 16:28 - A | A

Sábado, 12 de Julho de 2025, 16h:28 - A | A

EM 1ª DE AGOSTO

'Preocupante' e 'tratamento injusto': líderes se pronunciam sobre tarifas de Trump contra México e União Europeia

Presidente norte-americano impôs uma nova taxa de 30% às importações de produtos mexicanos e do bloco europeu. Medida reacende preocupações sobre os efeitos da guerra comercial.

G1

Líderes de diversos países se pronunciaram neste sábado (12), após o presidente dos Estados UnidosDonald Trump, impor uma nova tarifa de 30% à União Europeia e ao México. A taxa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.

➡️ México

O Ministério da Economia do México, por sua vez, afirmou que recebeu a carta enviada por Trump e classificou como um "tratamento injusto" a imposição das taxas.

Em um comunicado oficial divulgado em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores, o governo indicou que "o México já está em negociações" para chegar a um acordo sobre "uma alternativa" às tarifas.

 "O grupo de trabalho com os EUA buscará alternativa antes de 1º de agosto para proteger empresas e funcionários de ambos os lados da fronteira", afirmou em nota oficial.

A presidente do México Claudia Sheinbaum também reagiu à medida de Donald Trump. Em evento deste sábado, Scheinbaum declarou que a "soberania do México não é negociável". Ela acrescentou, porém, que está confiante de que um acordo com os Estados Unidos será alcançado antes que as tarifas entrem em vigor.

➡️ Comissão Europeia e Conselho Europeu

presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o bloco está preparado para tomar as medidas necessárias para proteger seus interesses e que vai "seguir trabalhando para alcançar um acordo até 1º de agosto".

"Poucas economias no mundo se comparam ao nível de abertura e de respeito às práticas comerciais justas da União Europeia", acrescentou.

 "Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os interesses da UE, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se for preciso."

presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, afirmou que a UE permanece "firme, unida e pronta para proteger [seus] interesses".

"Tarifas são impostos. Elas alimentam a inflação, criam incerteza e prejudicam o crescimento econômico. Continuaremos a construir parcerias comerciais fortes em todo o mundo", disse Costa, que preside as cúpulas europeias como chefe do conselho de líderes nacionais.

 

➡️França

presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o país desaprova o anúncio das tarifas por parte dos EUA, reiterando que a taxação acontece mesmo após "semanas de intenso envolvimento da Comissão em negociações com os Estados Unidos, com base em uma oferta sólida e de boa fé".

 "Na unidade europeia, cabe mais do que nunca à Comissão afirmar a determinação da União em defender resolutamente os interesses europeus. Isso inclui acelerar a preparação de contramedidas confiáveis, mobilizando todos os instrumentos à sua disposição, incluindo o mecanismo anticoerção, caso nenhum acordo seja alcançado até 1º de agosto", afirmou o presidente francês.

Macron ainda destacou que a França apoia totalmente a Comissão Europeia nas negociações, que serão intensificadas para chegar a um acordo mutuamente aceitável até 1º de agosto, "de modo que reflita o respeito que parceiros comerciais como a UE e os EUA devem uns aos outros por interesses compartilhados e cadeias de valor integradas".

➡️ Itália

O gabinete da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que Roma apoia plenamente os esforços da Comissão Europeia.

Ela reiterou que é "fundamental manter o foco nas negociações", uma vez que a maior polarização pode fazer com que seja mais difícil chegar a um acordo.

➡️ Holanda

 Já o primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, disse que a tarifa "preocupante" e que não é o caminho a seguir.

"A Comissão Europeia pode contar com todo o nosso apoio. Como União Europeia, devemos permanecer unidos e firmes na busca por um desfecho com os Estados Unidos que seja mutuamente benéfico", afirmou em rede social.

 

➡️Suécia

primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse que a taxação por parte dos EUA vem mesmo após várias semanas de negociações entre o país e a UE, destacando que o governo da Suécia lamenta a decisão do presidente norte-americano e apoia o desejo da Comissão Europeia de continuar negociando uma solução.

 

"A UE está preparada para responder com contramedidas severas, se necessário. No entanto, todos perdem em um conflito comercial intensificado, e são os consumidores americanos que pagarão o preço mais alto. A Suécia defende o livre comércio e a cooperação internacional", afirmou em publicação no X.

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