O Ministério da Saúde anunciou que o anticoncepcional Implanon passará a ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O implante, que custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada, é considerado um dos métodos contraceptivos mais eficazes disponíveis atualmente. A iniciativa foi oficializada por meio da Portaria nº 47, de 8 de julho de 2025, e representa um avanço importante no acesso à saúde reprodutiva no Brasil.
O Implanon é um pequeno bastão inserido sob a pele do braço, que libera hormônios continuamente e impede a ovulação. Ele age no corpo da mulher por até três anos sem necessidade de manutenção ou uso diário, o que garante mais praticidade e comodidade. Passado esse período, o implante deve ser retirado por um profissional e, se a mulher quiser engravidar, a fertilidade volta rapidamente depois da remoção. Se preferir, é possível colocar um novo implante na mesma hora.
O acesso será garantido a mulheres entre 18 e 49 anos em todo o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a previsão é distribuir 500 mil unidades ainda em 2025 e alcançar 1,8 milhão até o final de 2026. Com isso, o SUS amplia as opções de planejamento reprodutivo disponíveis na rede pública, fortalecendo o direito de escolha das mulheres sobre seu próprio corpo.
Atualmente o SUS já oferece contraceptivos como DIU de cobre, preservativos masculinos e femininos, pílulas combinadas, pílulas de progestagênio, injetáveis mensais e trimestrais, laqueadura tubária e vasectomia.
A Defensoria Pública ressalta que o acesso a métodos contraceptivos seguros e modernos é um direito garantido. Políticas como essa promovem não apenas saúde, mas também dignidade, autonomia e liberdade para milhões de brasileiras. As mulheres interessadas em utilizar o Implanon devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para obter mais informações.
