O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente Vladimir Putin após o recente teste do míssil nuclear Burevestnik — apelidado de “Flying Chernobyl” por especialistas — e enviou um alerta direto ao líder russo: “Ele deveria acabar com a guerra na Ucrânia.”
Putin anunciou no fim de semana que o míssil, também conhecido pelo codinome da OTAN Skyfall, havia sido lançado com sucesso. Segundo o Kremlin, trata-se de uma arma de “alcance ilimitado movida por um motor nuclear”, capaz de permanecer em voo por dias e carregar uma ogiva termonuclear.
Trump, no entanto, reagiu com veemência:
— Uma guerra que deveria ter durado uma semana está prestes a entrar em seu quarto ano. É isso que ele deveria fazer em vez de testar mísseis — declarou, de acordo com o jornal inglês The Sun.
O republicano ainda fez uma ameaça velada, lembrando do poder militar dos EUA:
— Eles sabem que temos um submarino nuclear, o melhor do mundo, bem na costa deles. Não precisam voar 12 mil quilômetros. Eles não estão brincando com a gente. Nós também não estamos brincando com eles.
Questionado sobre possíveis novas sanções contra Moscou, Trump apenas respondeu: “Você descobrirá.”
O míssil 9M730 Burevestnik é uma das seis “super armas” apresentadas por Putin desde 2018, ao lado do míssil balístico intercontinental Satan 2 e das armas hipersônicas Zircon, Avangard e Kinzhal. O projeto, que sofreu falhas graves nos testes anteriores — incluindo uma explosão fatal em 2019 —, teria agora completado um voo de 14 mil quilômetros em 15 horas.
Descrito por analistas do Departamento de Estado americano como um “sistema de armas excepcionalmente estúpido”, o Burevestnik ganhou o apelido de “Flying Chernobyl” devido ao risco de vazamento radioativo. Segundo o ex-subsecretário de Estado Thomas Countryman, o míssil “representa mais ameaça à Rússia do que a qualquer outro país”.
Putin, por sua vez, afirmou que o armamento está “em seu estágio final de desenvolvimento” e poderá ser implantado “em breve na linha de frente”.


