O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decidiu, nesta sexta-feira (28), manter a prisão preventiva do influenciador digital Hytalo Santos e de seu companheiro, Israel Natã Vicente, ao negar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa. Com a decisão, ambos permanecem detidos enquanto as investigações continuam em andamento.
Hytalo e Israel são investigados por suspeitas de crimes relacionados à exploração infantil, com indícios de envolvimento em uma possível rede internacional de compartilhamento de conteúdo na deep e dark web. Também há apurações sobre suposto trabalho análogo à escravidão. A defesa sustentou que o caso deveria tramitar na Justiça Federal e que a prisão preventiva configuraria “constrangimento ilegal”.
No entanto, o TJPB ressaltou que a prisão já havia passado por reavaliação recente e sido mantida pela Câmara Criminal. O relator destacou ainda que a discussão sobre a competência — se estadual ou federal — deve ser apreciada pelo colegiado apenas no julgamento do mérito, não sendo possível antecipar essa análise.
O processo agora segue para o Ministério Público, que terá 48 horas para emitir parecer. Após essa etapa, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidirá, de forma definitiva, sobre a competência para julgar o caso e sobre a manutenção ou não da prisão preventiva dos investigados.


