Tania Khalill deixou sua marca nas novelas da TV Globo. A atriz fez papéis marcantes em diversas obras, sendo a última há 12 anos em Joia Rara, como Dália Hérnandez. A artista está longe dos folhetins na emissora desde que se mudou para os Estados Unidos com o marido, o cantor Jair Oliveira, e as filhas, Isabela e Laura. Em papo com gshow, Tania falou sobre a vida profissional e se voltaria a fazer novela.
"Enquanto estou nos Estados Unidos, apareceram convites [para trabalhos no Brasil], agora que elas [filhas] estão maiores, até dá para pensar. Não fazer novela, oito meses não se encaixam na minha vida no momento, nesse tempo todo não encaixou porque elas ainda precisam muito de mim. Amo trabalhar. Séries, coisas menores consigo voltar e fazer", explicou.
Tania refletiu sobre a decisão de deixar o país para ficar mais próxima à família. Ela se sente muito preenchida pelos anos que dedicou à carreira.
"Não digo que foi uma escolha fácil, no começo foi árduo, apesar da escolha ter sido essa. A gente não escolhe mudar e acha que vai ser fácil. Uma pessoa que sempre batalhou muito, estudei muito para fazer novela, não caí de paraquedas. Comecei a fazer balé com seis anos, minha carreira na arte sempre foi de muita dedicação, de repente você tira esse aspecto seu, é desafiador e dolorido", disse a atriz, que acrescentou:
"Não tirei licença-maternidade de nenhuma das duas filhas, emendei trabalhos, morava em São Paulo e gravava no Rio. A ida para os Estados Unidos foi para conviver com elas, viver como uma família mais próxima que muitas vezes o trabalho não possibilitou porque foi minha escolha."
Assim que foi para os Estados Unidos, Tania Khalill morou em Nova York e lá teve oportunidades de fazer alguns trabalhos, na série "Mrs. Fletcher" e "Bridecon". Agora, morando na Flórida, está usando sua formação em Psicologia, além da Artes Cênicas. A atriz tem um projeto para mulheres 40+ que querem se reinventar e tem por objetivo incentivar e ajudar as mulheres a se colocarem como protagonistas unindo a Psicologia e o teatro.
"Fui abrindo espaço lá, fiz algumas participações em Nova York, agora na Flórida tem menos espaço. Esse trabalho com mulheres tem honrado muito esse meu desejo de experimentar a presença que o palco traz para mulheres que também estão se reinventando, olhar para dentro. Tenho usado esse tempo para ser o meu laboratório, a arte tem o poder de transformação tão grande", falou.
"Esse curso é sobre aprender fazendo, sobre ser agente da transformação, é sobre poder entrar em contato com a própria autenticidade, limpando condicionamentos e encontrando novas expressões na maturidade", concluiu Tania.