O Banco Central divulgou, nesta segunda-feira (30), que o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 33,7 bilhões em maio deste ano.
O resultado é considerado deficitário quando os gastos do governo superam a arrecadação — ou seja, as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas. Quando ocorre o oposto, com receitas maiores que os gastos, o resultado é chamado de superávit primário.
O cálculo divulgado não inclui o pagamento de juros da dívida pública e abrange os resultados do governo federal, estados, municípios e empresas estatais.
Segundo o Banco Central, o resultado representa uma melhora em relação a maio de 2024, quando o déficit foi de R$ 63,9 bilhões. Também é o melhor resultado para o mês desde 2022. Os valores, no entanto, não foram ajustados pela inflação.
???? Resultado por setor:
- Governo central: déficit de R$ 37,4 bilhões
- Empresas estatais: déficit de R$ 926 milhões
- Governos regionais (estados e municípios): superávit de R$ 4,5 bilhões
????Juros
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$92,1 bilhões em maio, comparativamente a R$74,4 bilhões em maio de 2024.
Contribuíram para essa evolução os aumentos da taxa Selic e do estoque da dívida líquida no período. No acumulado em doze meses até maio, os juros nominais alcançaram R$946,1 bilhões (7,77% do PIB), comparativamente a R$781,6 bilhões (6,95% do PIB) nos doze meses até maio de 2024.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$125,9 bilhões em maio. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$922,0 bilhões (7,58% do PIB), ante déficit nominal de R$934,4 bilhões (7,73% do PIB) em abril de 2025.