O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) concedeu uma entrevista exclusiva ao vivo, na noite desta terça-feira (19), ao Jornal da Record News, direto dos Estados Unidos. O parlamentar falou sobre o impacto da recente decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), e disse que a perda de R$ 40 bilhões pelos bancos em valor de mercado "é apenas um primeiro efeito".
Dino determinou que decisões judiciais estrangeiras só podem ser executadas no Brasil mediante homologação ou por meio de mecanismos de cooperação internacional. A decisão abre brechas para que o ministro Alexandre de Moraes recorra ao próprio STF contra os efeitos da Lei Magnitsky.
Segundo Eduardo Bolsonaro, Donald Trump não vai recuar da aplicação da lei, o que pode ter consequências para os bancos brasileiros. "Não existem níveis ou graus de aplicação da lei [Magnitsky]. É sim, ou não, preto no branco. Alexandre de Moraes, violador de direitos humanos, tem uma conta neste banco, este banco não terá acesso ao mercado norte-americano. E como todos os grandes bancos brasileiros e instituições financeiras dependem de circular dentro do sistema financeiro dos Estados Unidos, por óbvio, um desligamento deles teria como consequência a quebra desse banco", afirmou. De acordo com o parlamentar, Flávio Dino também estaria no "radar" da Magnitsky e poderia sofrer sanções secundárias por sua decisão nesta semana.
Em outro momento da entrevista, Eduardo Bolsonaro revelou que só tem recebido notícias do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, através da imprensa. Ele ainda confirmou que o pai estaria triste e que a intenção de Alexandre de Moraes seria "destruí-lo fisicamente".
Sobre as recentes dificuldades nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, o parlamentar, que tem acesso ao alto escalão do governo norte-americano, disse que quer colocar Hugo Motta e Davi Alcolumbre "dentro da Casa Branca" para negociações do tarifaço.
Eduardo Bolsonaro também comentou a declaração do irmão, Calos Bolsonaro, que chamou de "ratos" governadores alinhados à direita que participaram de eventos e não citaram nem defenderam publicamente Jair Bolsonaro. Eduardo também manifestou repúdio aos políticos e disse que o irmão foi "suave em suas críticas". Assista à entrevista na íntegra.