O dia começou com ajustes distintos para os principais grãos negociados no mercado internacional. De acordo com a TF Agroeconômica, o trigo apresentou leve alta em Chicago, sustentado pela competitividade do produto americano no cenário global, favorecida pela recente desvalorização do dólar frente ao euro. No entanto, o movimento de valorização encontra limitações no aumento da oferta internacional, já que o Hemisfério Sul, com destaque para a Austrália, inicia a colheita nas próximas semanas. Além disso, o Statistics Canada revisou para cima sua estimativa de produção, agora em 36,6 milhões de toneladas.
Na Bolsa de Chicago, o contrato de trigo para dezembro de 2025 fechou a US$ 532,00 por bushel (+3,75), enquanto o vencimento de dezembro de 2026 encerrou a US$ 601,00 (+3,00). No mercado interno brasileiro, o indicador do Cepea apontou queda: R$ 1.358,62 no Paraná (-0,93% no dia) e R$ 1.260,88 no Rio Grande do Sul (-0,68%).
A soja, por sua vez, iniciou o dia em baixa, pressionada pela queda do óleo vegetal e pela incerteza em torno das próximas definições da EPA sobre a incorporação de biocombustíveis. Em Chicago, o contrato para novembro de 2025 recuou para US$ 1.040,25 (-3,50), e o de maio de 2026 caiu para US$ 1.087,75 (-3,50). No Brasil, os preços mostraram leve alta: no Paraná, o indicador Cepea ficou em R$ 134,48 (+0,27%) e no porto de Paranaguá em R$ 140,29 (+0,08%). Apesar da pressão técnica e logística, a recente redução da taxa de juros pelo Federal Reserve pode trazer algum suporte adicional às commodities.
Já o milho operou em leve valorização em Chicago, reflexo da expectativa de fortes volumes de exportação dos EUA e das chuvas no cinturão oeste, que podem atrasar a colheita. O contrato para dezembro de 2025 fechou a US$ 427,00 (+0,25), enquanto julho de 2026 encerrou a US$ 460,50 (+0,50). No Brasil, os preços na B3 oscilaram: novembro de 2025 recuou para R$ 67,18 (-0,32%), mas julho de 2026 avançou para R$ 69,48 (+0,19%).