Cuiabá, 03 de Julho de 2025

AGRONEGÓCIO Quarta-feira, 02 de Julho de 2025, 08:45 - A | A

Quarta-feira, 02 de Julho de 2025, 08h:45 - A | A

PRESSÃO

Milho recua na B3 e em Chicago

Na bolsa de Chicago (CBOT), os contratos de milho também caíram

Agrolink

Os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira (1º) em baixa na B3, refletindo a pressão de uma possível supersafra nos Estados Unidos e o avanço da colheita da safrinha no Brasil. De acordo com a TF Agroeconômica, mesmo com a queda diária, os preços se mantêm acima dos registrados no mesmo período do ano passado, devido ao atraso na colheita da segunda safra brasileira.

Segundo a Conab, a colheita da safrinha atingiu 17% da área estimada, contra 10,3% na semana anterior. Em 2024, o índice já era de 47,9%, e a média dos últimos cinco anos é de 28,2%. O mercado segue atento às ondas de frio, que podem prejudicar lavouras ainda não colhidas. Na B3, o vencimento julho/25 fechou a R$ 62,98 (queda de R$ 0,46 no dia e R$ 1,61 na semana), setembro/25 caiu para R$ 61,57 (baixa de R$ 0,39 no dia e R$ 2,81 na semana), e novembro/25 encerrou a R$ 66,03 (recuo de R$ 0,22 no dia e R$ 1,70 na semana).

Na bolsa de Chicago (CBOT), os contratos de milho também caíram, com o vencimento julho recuando 0,12%, a US$ 4,20 por bushel, e setembro caindo 0,79%, a US$ 4,06 por bushel. A queda foi puxada pela melhora inesperada na qualidade das lavouras americanas: o relatório do USDA elevou de 70% para 73% o índice de lavouras em condições boas a excelentes, o melhor nível para esta época desde 2018, segundo a Reuters.

Com previsão de clima favorável — calor e chuvas — nos próximos dias nos EUA, o cenário de maior safra da história se fortalece. Além disso, a proximidade do fim da carência das tarifas impostas pelos EUA para outros países pressiona o mercado, uma vez que as exportações seguem essenciais para sustentar os preços, mesmo com o consumo interno elevado.
 

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