Servidor de carreira do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o ex-vereador de Cuiabá, Luís Cláudio Sodré (MDB), foi afastado do cargo após ser apontado por envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos da Conta Única do Poder Judiciário.
O caso veio à tona na Operação Sepulcro Caiado, deflagrada no fim de julho para investigar um suposto esquema de ajuizamento de ações de cobrança de dívidas inexistentes.
A determinação do afastamento de Luís Claudio partiu do presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, na quarta-feira (13). Com isso, já são 4 servidores do judiciário afastados de suas funções. Além de Luís Claudio estão afastados os servidores: Mauro Ferreira Filho, considerando o principal elo com o esquema, Eva da Guia Magalhães e Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa.
Luís Cláudio ainda teve o acesso a todo o sistema do TJ bloqueado e ainda vai responder a uma sindicância interna. Como o caso corre em segredo de Justiça, ainda não está descrita sua participação no caso.
A Operação Sepulcro Caiado tem como foco a desarticulação de um sofisticado esquema de fraude processual, responsável por causar prejuízos estimados em pelo menos R$ 21 milhões aos cofres públicos. De acordo com as investigações, um grupo formado por empresários, advogados e servidores do Judiciário desenvolveu uma metodologia elaborada para desviar valores da Conta Única.
O modus operandi consistia no ajuizamento de ações de cobrança, em que eram simuladas quitações de dívidas por meio de depósitos judiciais falsos, sem o conhecimento das partes rés.