Cuiabá, 07 de Dezembro de 2025

ESPORTE Terça-feira, 12 de Março de 2024, 12:15 - A | A

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OLÍMPIADAS

Brasileiros do atletismo vão passar por antidoping mais rígido rumo a Paris

World Athletics coloca Brasil e mais três países em categoria de alto risco de doping e exige reforço em testagem fora de competição antes das Olimpíadas

Globo Esporte

A World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) anunciou na segunda-feira que colocou Brasil, Equador, Peru e Portugal na lista de países com risco elevado de doping. Seguindo recomendações da Unidade para Integridade do Atletismo (AIU), que é um órgão independente, a World Athletics exigiu que os quatro países reforcem a testagem fora de competição antes das Olimpíadas de Paris. Assim, para serem elegíveis para os Jogos, os atletas brasileiros vão precisar passar por um controle antidoping mais rígido.

Mesmo que tenham os índices classificatórios para as Olimpíadas, os brasileiros só vão ser elegíveis se tiverem passado por pelo menos três testes antidoping surpresas fora de competição nos dez meses anteriores a 4 de julho de 2024. Para quem compete em provas de meio fundo e fundo, além dos exames de urina e sangue, é preciso ter ao menos um teste de passaporte biológico e um de EPO no período. A AIU exige um intervalo de pelo menos três semanas entre os três testes, e o primeiro deles deve ser realizado até 19 de maio.

O Brasil tem no momento 12 atletas com índice para as Olimpíadas de Paris: Felipe Bardi (100m rasos), Erik Cardoso (100m rasos), Rafael Pereira (110m com barreiras), Alison Santos (400m rasos e 400m com barreiras), Matheus Lima (400m rasos), Lucas Carvalho (400m rasos), Caio Bonfim (20km de marcha atlética), Daniel Nascimento (maratona), Darlan Romani (arremesso do peso), Almir Santos (salto triplo), Erica Sena (20km de marcha atlética) e Viviane Lyra (20km de marcha atlética). Todos precisam cumprir os novos requisitos de controle antidoping.

A mudança de classificação do Brasil para um país com alto risco de doping no atletismo foi motivada pelo baixo número de testes realizados fora de competição antes do Mundial de Budapeste, em 2023. Brasil, Equador, Peru e Portugal já haviam sido alertado da testagem insuficiente antes do Mundial de Eugene, em 2022, e falharam em assegurar testagem suficiente em suas delegações no ano seguinte.

- Neste ano olímpico, confiamos que este será um lembrete para todas as federações nacionais de que a AIU e a World Athletics levam extremamente a sério a garantia de condições equitativas para atletas. Cabe a todas as federações nacionais trabalharem em conjunto com as suas organizações nacionais antidopagem para garantir que a sua equipa seja suficientemente testada antes de Paris 2024. A AIU não hesitará em encaminhar qualquer outra federação ao Conselho (da World Athletics) se não virmos testagem suficiente - afirmou o comunicado da AIU.

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