Aos 49 anos de idade, Anderson Silva continua na ativa. O lutador brasileiro continua treinando forte e mostra a disposição que o consagrou em toda sua carreira. E ele tem uma explicação para isso.
- Quando você ama o que você faz, quando isso se torna seu ar, é uma coisa muito mais fácil. E isso é meu ar. Eu consigo ser eu mesmo, consigo voltar pra minha infância e me divertir como criança - disse o lutador em entrevista ao “Esporte Espetacular”.
O menino que sonhava ser jogador de futebol, mas depois conheceu o boxe, e muitas outras lutas até chegar ao MMA, nasceu em São Paulo, foi criado em Curitiba, mas sua carreira como atleta teve uma passagem importante em Salvador, na academia Champion, do professor Luiz Dórea.
Tem uma coisa muito mágica nisso tudo aqui. Eu vim treinar aqui, o meu mestre (Rodrigo) Minotauro me trouxe alguns anos atrás. Do lado da academia o professor Dórea tinha um dormitório, e eu fiquei aqui uns três meses.
E então começou uma das carreiras mais vitoriosas no MMA. No UFC, Anderson foi campeão logo em seu ano de estreia, 2006, defendeu o cinturão do peso-médio em 10 lutas, e seu recorde de 16 vitórias seguidas na organização não foi batido até hoje. Uma lenda do MMA que se tornou um popstar, com participações em filmes, novelas e inúmeros programas de auditório.
O que pode faltar ainda na vida do Anderson Silva? Agora foi confirmado: uma luta de despedida para o público brasileiro. Ela vai acontecer no dia 15 de junho, no Spaten Fight Night, em São Paulo.
- É muito legal poder dar isso para meus fãs, dar isso para o meu país, fazer minha última luta no Brasil. Gera uma expectativa muito grande pra mim, pra te falar a verdade a ficha ainda não caiu. Dá um friozinho na barriga, "Caramba, será que eu ainda vou estar bem?". E aí quero treinar mais do que todo mundo, só que o professor Dórea fala "Não, chega, já deu, vamos descansar".
Ainda não houve o anúncio oficial do adversário, mas é certo que será uma luta nas regras do boxe, e para convidados. Uma despedida por enquanto apenas para o público brasileiro, depois não se sabe, até porque o quase cinquentão parece se divertir como um garoto.
