Após encerrar o mês de junho com recuo, a cesta básica na capital voltou a registrar aumento de preço na primeira semana de julho. A alta observada, de 0,87%, fez com que o conjunto de mantimentos atingisse o valor médio de R$ 832,77, ficando, inclusive, 7,72% mais caro em comparação com o mesmo período de 2024.
Conforme análise do Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o custo total da cesta é um dos maiores da série histórica. Além disso, os alimentos que mais apresentaram variação continuam sendo os legumes, impactados pelas condições climáticas.
José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, destacou o impacto da variação do tomate no custo da cesta, considerado o vilão da semana.
“Após duas quedas consecutivas, a alta foi puxada, principalmente, pelo tomate, que teve um aumento considerável e atingiu o maior valor das últimas duas semanas”.
O fruto voltou a subir de preço e chegou à média de R$ 9,86/kg. O aumento de 20,83% em relação à semana anterior pode ter sido influenciado por uma oferta mais reduzida do produto nos mercados, ocasionada pela queda de temperatura nas regiões produtoras. O valor atual está 33,74% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Outros produtos que apresentaram forte variação na semana, dessa vez com queda, foram a batata (-7,34%) e a carne bovina (-2,38%), mas as reduções foram insuficientes para conter o aumento do custo da cesta.
Sobre isso, o presidente da Federação explicou:
“Embora esta semana a batata, a carne e outros itens tenham apresentado diminuição nos preços, o tomate influenciou em maior medida o valor da cesta básica, que volta a ter alta em Cuiabá”.
Com relação ao tubérculo, apesar da terceira queda consecutiva no seu preço — cotado, em média, a R$ 4,86/kg —, a batata também sofre com as questões climáticas, que acabaram por reduzir a oferta nas últimas semanas. Essa situação contribuiu para a queda no preço no comparativo anual, quando o produto era vendido a R$ 9,71, uma redução de 49,88%.
Já a carne bovina registrou a segunda queda consecutiva, com valor médio de R$ 43,10/kg. Essa variação pode estar associada à oferta adicional da proteína no mercado interno, o que pode ter provocado a redução de preços diante desse incremento.