O governador Mauro Mendes comparou as taxas de homicídio no Brasil as mortes pela guerra no Oriente Médio. Ele exemplificou que a quantidade de pessoas assassinadas no país é superior às baixas no atual confronto com o Irã. Mauro ainda destacou que morrem mais pessoas assassinadas em um final de semana no Brasil, do que morreram em dez dias de guerra entre o Irã e Israel.
“Vejo com muita preocupação o conflito entre Irã e Israel. Mas a verdade é que o Brasil enfrenta uma guerra silenciosa todos os dias, com assassinatos brutais que já viraram rotina. A cultura da violência por aqui tem nome: impunidade. As leis são frágeis, cheias de brechas, e quem comete crime não sente medo das consequências”, afirmou.
Ao comentar os casos de feminicídio no Estado, Mendes disse que o Governo do Estado tem atuado para prender os autores, mas que o país precisa avançar na aplicação das leis. “Feminicídio é um crime bárbaro. Tem que ter pena dura e o Judiciário precisa ser rápido”, ressaltou.
O governador falou também sobre a cultura de impunidade que paira no Brasil, que acaba fazendo com que as pessoas percam o medo da Justiça.
“A sensação de impunidade ficou tão grande nesse país que as pessoas perderam completamente essa capacidade de ter medo da Justiça e medo das penas que são impostas. A maioria das pessoas acreditam na impunidade. O Congresso e o Governo Federal precisam endurecer a legislação penal. Enquanto houver brechas, os bandidos (e até as pessoas comuns) vão continuar acreditando que cometer crime não dá em nada".
Mauro também criticou o sistema penal brasileiro, que, segundo ele, convive com “hipocrisia e impunidade”. “O Estado brasileiro precisa ter coragem de mudar. Senão, a violência continuará vencendo”, concluiu.