O 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (13), estima produção de arroz em 12,1 milhões de toneladas e de feijão em 3,29 milhões de toneladas.
Para o analista Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, o efeito sazonal da colheita dos dois produtos da cesta básica devem fazer os preços caírem e, com isso, resultar em queda do nível inflacionário dos alimentos dentro do Índice de preços ao consumidor (IPCA).
“No entanto, sabemos que o processo inflacionário atual não é decorrente somente da alta de alimentos e essa alta de alimentos não é provocada por qualquer problema dentro do agronegócio, mas está ligada, basicamente, a duas coisas: alta da taxa de juros e alta da inflação”, ressalta.
Com isso, há o efeito cascata, visto que os fretes, a logística de escoamento e os processos da indústria de embalagens, entre outros fatores, ficam encarecidos, refletindo na alta dos preços nas gôndolas dos supermercados.
“Esses fatores são decorrentes de incapacidade do governo de controlar gastos públicos e de controlar a própria inflação, ou seja, os problemas estão dentro do próprio governo e ele quer buscar essa culpa externamente, querendo culpar o agronegócio, o que é totalmente equivocado”, considera.